Terapia Hormonal no climatério e menopausa
Com certeza fazer uso ou não da terapia de reposição hormonal é uma das grandes questões que envolvem a menopausa.
Nós da Kunda acreditamos que a melhor arma para tomar uma decisão consciente e que vá de encontro as suas necessidades é a informação.
Primeiro de tudo, você sabe como identificar se está no climatério ou menopausa?
Basicamente olhamos para duas questões importantes:
- Se está há mais de 1 ano sem menstruar, já entrou na menopausa.
- O FSH (hormônio folículo estimulante) e o Estradiol junto com o quadro clínico (sintomas) podem nortear o diagnóstico. Porém como o FSH e estradiol podem oscilar a cada mês o mais importante é ver o ciclo menstrual. Se está irregular, pode estar no climatério.
Identificado o climatério ou menopausa por meio dos exames alterados e menstruação irregular, como saber se devo fazer reposição hormonal? E quando começar o tratamento?
Muitas mulheres têm receio de fazer terapias hormonais. São muitas informações diferentes e saber em qual confiar é desafiador.
Repor hormônios faz parte de uma balança, e em conjunto com o ginecologista, deve-se pesar os benefícios e possíveis riscos para definir a possibilidade da terapia hormonal.
Em geral repomos hormônios quando aparecem sintomas relacionados ao climatério e menopausa que causam muitos desconfortos a vida da mulher, como fogachos (calores), falta de disposição, lapsos de memória, alteração de humor e secura vaginal.
É importante colocar que quase 65% das mulheres não têm nenhuma restrição a repor hormônios, e as outras 35% nem sempre tem contraindicações, por vezes podemos escolher formas de repor que viabilizem a terapia hormonal.
Cada mulher precisa ser analisada individualmente sobre terapia hormonal, não existe receita de bolo para todas as mulheres.
Benefícios principais:
- Melhor tratamento para os fogachos e para atrofia genital;
- Prevenção de perda óssea e possíveis fraturas;
- Melhor qualidade do sono;
- Maior disposição;
- Melhor qualidade de vida.
As principais contraindicações são: Doença hepática descompensada, Câncer de mama e de Endométrio, Porfiria, Doença Coronariana, Doença cerebrovascular, Doença trombótica, Lupus e Meningioma (apenas progestágeno).
Sobre o câncer de mama é bom reforçar que segundo dados da FEBRASGO, o aumento do risco de câncer de mama associado à reposição hormonal é pequeno e estimado em menos de 0,1% ao ano, ou seja, incidência absoluta de menos de um caso por mil mulheres por ano de uso. A recomendação é usar a terapia hormonal com a menor dose possível pelo menor tempo possível de acordo com cada sintoma.
Muitas mulheres me perguntam, mas afinal por que usar hormônio se minha mãe ou avó não usaram? E eu digo: precisar, não precisa, porém, avalie a sua rotina. A rotina da mulher de 40, 50, 60 anos hoje é muito diferente de 50 anos atrás. Nós mulheres temos nosso lugar ocupado, desejamos ter qualidade de vida, viver bem, leve e sem restrições!
DRA. CARLA F. KIKUCHI FERNANDES
GINECOLOGISTA E OBSTETRA
CRM 112843 RQE 104191
@dracarlagineco
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