Mulheres podem alcançar longevidade com menos exercícios, revela pesquisa.

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Estudo aponta que mulheres precisam de menos tempo de atividade física do que os homens para reduzirem o risco de doenças cardiovasculares e outras condições crônicas.

Recentemente, o Colégio Americano de Cardiologia publicou uma pesquisa onde aponta que mulheres precisam de menos tempo de atividade física do que os homens para reduzirem o risco de doenças cardiovasculares e outras condições crônicas. A pesquisa, baseada em questionários respondidos por 400 mil pessoas nos Estados Unidos entre 1997 e 2019, cruzou dados de mortalidade com a frequência de exercícios praticados.

Os resultados são surpreendentes: enquanto homens que realizavam 300 minutos de atividade moderada ou vigorosa por semana obtinham uma redução média de 18% nas chances de mortalidade, as mulheres da mesma faixa etária alcançavam essa queda com apenas 140 minutos de atividade física semelhante. Além disso, o estudo também avaliou o impacto dos exercícios de força na saúde. Notavelmente, a redução da mortalidade atingida pelos homens com a prática de atividades duas vezes por semana era alcançada pelas mulheres com a mesma frequência semanal.

Embora o estudo não explique a razão exata dessa diferença, especialistas supõem que esteja relacionada a particularidades fisiológicas de cada sexo. Por exemplo, os homens possuem vias aéreas pulmonares mais largas, fibras musculares maiores e 38% mais massa magra do que as mulheres. Essas diferenças podem influenciar a eficácia dos exercícios e a necessidade de tempo para obter os benefícios desejados.

Outras pesquisas também corroboram essas descobertas. Estudos realizados em Taiwan entre 1996 e 2008 chegaram a resultados semelhantes, reforçando a importância de as mulheres se exercitarem, mesmo que por pouco tempo. A endocrinologista Andrea Fioretti, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, destaca que, desde a infância, as mulheres são menos incentivadas a praticar esportes do que os homens. Com o passar dos anos, a sobrecarga de tarefas domésticas e a responsabilidade pela esfera do cuidado também afastam as mulheres do exercício físico. Portanto, é fundamental que as mulheres encontrem maneiras de incluir atividades físicas em suas rotinas, mesmo que em pequenas doses.

Em resumo, a pesquisa reforça a importância de promover a atividade física entre as mulheres, adaptando as recomendações às suas necessidades específicas. Afinal, uma vida mais longa e saudável é um objetivo compartilhado por todos, independentemente do gênero.

REDAÇÃO KUNDA
Fontes: bing.com, bbc.com, alice.com.br, Folha de São Paulo

 

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