O efeito Madonna

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Ame ou odeie, mas a verdade é que não dá para passar ileso pela maior pop star de todos os tempos.

Madonna, com 65 anos e uma carreira com de mais de 40 anos, é uma mulher forte, empoderada, que sempre se posicionou e nunca deixou de defender os grupos que a levaram a ser quem é.

Pró a causa LGBTQ+, a igualdade de gênero e por gravar músicas com iconografia católica como estigmas, cruzes em chama e beijando um santo negro, Madonna cultivou vários desafetos e incomodou muita gente, mas nem por isso se deixou calar.

E, para quem pensa que a vida de Madonna foi só alegria e lacração, a verdade é que Madonna perdeu a mãe aos 5 anos de idade, sua mãe faleceu de câncer de mama aos 30 anos, e desde cedo teve que aprender a se cuidar e cuidar de seus irmãos (era a terceira de 6 irmãos). Em algumas entrevistas ela diz que nessa época era uma menina solitária, boa aluna e nada rebelde.

Em 1978, Madonna decide mudar para Nova Iorque aonde chegou com míseros 35 dólares no bolso e muita coragem. Durante uma noite, enquanto voltava de um ensaio, ela foi arrastada para um beco por dois homens e forçada a fazer sexo oral neles. Madonna comentou que o episódio testou suas fraquezas, mostrou que ela ainda não conseguia se salvar apesar de todo o look de garota forte e jurou jamais se esquecer desta experiência. Talvez por isso sempre se preocupado em passar mensagens de força, luta e zero submissão às mulheres em suas músicas e em seu comportamento público.

Os anos 80 foram a virada profissional e artística de Madonna e seu estilo e roupas passaram a ditar a moda. Quem não se lembra de seu visual em Like a virgin, Material Girl e todos os outros? Madonna embalou muitas festinhas da vassoura em que fui e lembro de amigas usando luvinhas, corselet, crucifixos, boca vermelha etc.? Eu sempre adorei cantar Madonna e quando escuto suas músicas elas sempre me remetem a amigas dançando e cantando, risadas e dias felizes.

Não estou aqui defendendo tudo o que ela faz ou todos os seus posicionamentos e tratamentos estéticos, mas acredito que Madonna foi uma grande impulsionadora de todo esse empoderamento que se iniciou nos últimos anos e uma voz ativa em prol da liberdade sexual, de expressão, de escolhas no vestir, falar e se comportar das mulheres atuais.

Isso sem contar sua potência musical, Madonna foi incluída no Rock and Roll Hall of Fame em 2008, seu primeiro ano de elegibilidade. Foi classificada como a melhor da música pela VH1, assim como a melhor artista de videoclipes da história pela MTV e Billboard. Ela também foi listada, pela Rolling Stones, entre os melhores artistas e compositores de todos os tempos. Ufa….

Enfim, como disse no início deste texto, ame ou odeie, o efeito Madonna sempre se faz presente e não poderia ter sido diferente em sua última apresentação no Brasil, quando arrastou 1,6 milhões de pessoas a praia de Copacabana no Rio de Janeiro. Madonna sendo Madonna!

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