Quando a autoestima se eleva acima da média e nos impede de enxergar os nossos limites e fraquezas, podemos caminhar para o narcisismo e inclusive nos colocar em perigo.

A autoestima elevada demais pode vir a ser um problema, especialmente quando esse quadro se estende por um período longo. Afinal, com o passar do tempo essa situação pode se agravar e prejudicar nosso desenvolvimento como indivíduo, além de impactar em relacionamentos, abalando nosso círculo social.

Vale ressaltar que ninguém aqui é a favor de uma baixa autoestima, como sempre falamos, o equilíbrio é essencial! Mas, acreditamos ser importante aceitar e enxergar que temos todas defeitos e que ninguém e melhor do que ninguém. O narcisismo é uma grande armadilha quando se fala em autoestima exacerbada e pode levar a uma dificuldade para ouvir considerações alheias, aceitar a opinião dos outros e a uma tendencia de julgamento, acreditando que “essas pessoas não sabem o que estão dizendo”. Consequentemente, a pessoa se fecha em seu mundo, fazendo apenas o que acha que é certo – ignorando outras evidências e fatos. Isso pode prejudicar tomadas de decisão, colocando-a, inclusive, em risco em algumas situações.

Outra armadilha é a diminuição da busca por novos conhecimentos provocada pela certeza de já ser uma pessoa muito inteligente ou privilegiada culturalmente. Esse egocentrismo pode repelir os amigos, a família, e as demais pessoas de convívio.

Assim, à medida que o tempo passa, esse indivíduo vai se isolando cada vez mais, prejudicando a sua vida social e profissional e criando um abismo do indivíduo em relação á sociedade no geral.

Ter uma boa autoestima é fundamental, mas a verdade é que nada em exagero faz bem. Procure se conhecer e valorizar seus pontos fortes, mas reconheça também suas fraquezas. Já pensou que autoestima e autoconhecimento podem andar juntos?

Carla Mallet
Copywriter